O Que Aconteceu Naquela Cruz do Meio?
O cristianismo bíblico está em inflexível oposição a qualquer idéia de que a salvação inclui nossos esforços. Cristo apresentou uma visão radical de pecado e uma visão igualmente radical de Deus. Espero que, quando chegarmos ao final deste artigo, você concorde que o feito dEle por nós não tem nada em comum com outras teorias de salvação.
Cristo foi crucificado entre dois ladrões. Se você tivesse filmado a cena com uma câmera, veria que Ele tinha a aparência de homem comum, morrendo uma morte comum, não obstante, dolorosa. Contudo o Novo Testamento ensina que, invisível aos olhos humanos, um sacrifício estava sendo feito pelos pecadores. Esta morte não era como as outras. A salvação, a qual o cristianismo define como a reconciliação com Deus, foi realizada para aqueles que crêem.
Leia estas sete afirmações e pergunte: Que outra religião acredita nisso?
Cristo foi crucificado entre dois ladrões. Se você tivesse filmado a cena com uma câmera, veria que Ele tinha a aparência de homem comum, morrendo uma morte comum, não obstante, dolorosa. Contudo o Novo Testamento ensina que, invisível aos olhos humanos, um sacrifício estava sendo feito pelos pecadores. Esta morte não era como as outras. A salvação, a qual o cristianismo define como a reconciliação com Deus, foi realizada para aqueles que crêem.
Leia estas sete afirmações e pergunte: Que outra religião acredita nisso?
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Só Deus Planejou a Salvação
Só Deus Planejou a Salvação
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Quando o pecado entrou no universo por Lúcifer e depois chegou à família humana através de Adão e Eva, Deus não foi pego de surpresa. Nem teve de se ajustar ao mal e fazer o melhor que podia com a sua criação contaminada. Antes mesmo da Criação, o plano de Deus de salvar o homem caído já estava em seu lugar. Paulo escreveu: "Em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos" (Tito 1.2). Em outro lugar lemos que antes da fundação do mundo Ele escolheu aqueles que seriam dEle (Efésios 1.4). Esta é outra prova, se é que se precisa de provas, de que a salvação era o plano de Deus desde a eternidade passada.
Já no Éden, o Senhor disse à serpente: "E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar" (Gênesis 3.15). Por meio de Cristo, Deus realizou no tempo certo o que tinha planejado na eternidade.
O que isto nos diz sobre Deus? Que Ele é pessoal, que é um ser que pode pensar, planejar, escolher e agir. Ele existe independentemente do mundo como o único Deus infinito. E, reconhecidamente, Ele também é o Deus que busca.
Se a religião pode ser definida como a tentativa do homem encontrar Deus, o cristianismo não é uma religião nesse sentido: cristianismo é Deus vindo procurar o homem. Figuradamente falando, Deus dá os primeiros passos em nossa direção, depois nos estende a mão para nos capacitar a dar o primeiro passo em direção a Ele. Se verdadeiramente o buscamos, é porque Ele nos busca.
Quando o pecado entrou no universo por Lúcifer e depois chegou à família humana através de Adão e Eva, Deus não foi pego de surpresa. Nem teve de se ajustar ao mal e fazer o melhor que podia com a sua criação contaminada. Antes mesmo da Criação, o plano de Deus de salvar o homem caído já estava em seu lugar. Paulo escreveu: "Em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos" (Tito 1.2). Em outro lugar lemos que antes da fundação do mundo Ele escolheu aqueles que seriam dEle (Efésios 1.4). Esta é outra prova, se é que se precisa de provas, de que a salvação era o plano de Deus desde a eternidade passada.
Já no Éden, o Senhor disse à serpente: "E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar" (Gênesis 3.15). Por meio de Cristo, Deus realizou no tempo certo o que tinha planejado na eternidade.
O que isto nos diz sobre Deus? Que Ele é pessoal, que é um ser que pode pensar, planejar, escolher e agir. Ele existe independentemente do mundo como o único Deus infinito. E, reconhecidamente, Ele também é o Deus que busca.
Se a religião pode ser definida como a tentativa do homem encontrar Deus, o cristianismo não é uma religião nesse sentido: cristianismo é Deus vindo procurar o homem. Figuradamente falando, Deus dá os primeiros passos em nossa direção, depois nos estende a mão para nos capacitar a dar o primeiro passo em direção a Ele. Se verdadeiramente o buscamos, é porque Ele nos busca.
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Só Deus Dá Início à Salvação
Só Deus Dá Início à Salvação
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O plano da eternidade passada é depois executado à maneira de Deus e de acordo com o seu tempo. Cristo vem e torna-se sacrifício para os pecadores. O mérito humano, todas aquelas ações que nos fazem sentir bem com nós mesmos, teve de permanentemente ser posto de lado como base de reconciliação com Deus. Do ponto de vista de Deus, não estamos cheios de bem latente, mas do mal latente. Cristo ensinou que o nosso coração é enganoso, e nossas imperfeições morais não podem ser cobertas ou mudadas por nós ou por rituais religiosos.
Não pretendo implicar que sempre fazemos coisas ruins, nem somos inerentemente maus. Durante uma nevasca particularmente severa em Chicago, a mídia esmerou-se em mostrar que os vizinhos ajudam uns aos outros e, às vezes, pessoas ajudam estranhos a sobreviver. Alguns indivíduos [nesse sentido] são melhores ou piores que outros, mas atos de generosidade e compaixão são encontrados em diferentes graus entre todas as religiões do mundo. O que o cristianismo afirma é que nenhuma dessas obras é capaz de mudar a mente de Deus acerca de nós e nosso pecado.
Mesmo nossas boas ações estão contaminadas; nossos motivos nunca são puros. Não há nada que possamos fazer que Deus aceite. Da mesma maneira que se pode juntar um milhão de bananas e com isso nunca conseguir uma laranja, assim toda bondade humana somada nunca mudará a mente de Deus no que respeita a, sequer, um único pecado. Ele não aceita a justiça humana; só aceita sua própria justiça.
A torre da Sear's é o arranha-céu mais alto de Chicago. Os moradores podem ter facilidade em falar com orgulho sobre a altura do edifício em relação aos outros. Mas se a conversa se voltasse para qual dos edifícios está mais perto da estrela mais distante, a torre da Sear's ainda seria a primeira, embora a diferença em termos de proximidade seria desprezível. Nós, como edifícios, somos tão altos quanto nosso padrão de medida.
Gostamos de pensar que somos melhores que os outros, mas quando nos comparamos com Deus, há pequena diferença entre nós. Podemos soltar um suspiro de alívio quando percebemos que muitas pessoas são piores do que nós; mas tais julgamentos são enganosos. Somos como o menino que disse que tinha um metro e oitenta e dois de altura, e tinha mesmo, de acordo como o metro que ele havia feito! Esquecemo-nos de que a santidade de Deus é tão radicalmente diferente que nenhuma bondade humana pode se aproximar dela. "Porque não há diferença. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Rm 3.22b,23). O padrão de Deus é a sua glória.
Não temos nada em comum com a santidade de Deus. Agostinho disse: "Aquele que entende a santidade de Deus desespera-se ao tentar satisfazê-lo". O espaço moral entre nós e Deus é infinito. Como Douglas Groothuis: "O amor de Jesus não pode ser reduzido ao desejo de ver deidades ignorantes descobrindo a identidade delas e, assim, tomarem parte em sua cristandade [...] Onde a Nova Era vê um deus dormente, Jesus encontra uma tempestade de transgressões".
Em capítulo anterior [do livro], mostrei que se alguém está se afogando, precisa de um salva-vidas qualificado para o ajudar. De fato, isto ameniza o problema. Não estamos apenas nos afogando; estamos (falando espiritualmente) já mortos em delitos e pecados. Não precisamos somente de uma corda, precisamos de alguém que nos tire da água e nos dê vida. As outras religiões pegam pessoas boas e tentam melhorá-las, mas só Cristo pega pessoas mortas e as ressuscita.
Não estou dizendo que podemos contribuir um pouco para a nossa salvação; não podemos contribuir com nada. Se Deus não salvasse nunca nos salvaríamos; se Ele não nos reconciliasse consigo, nunca seríamos reconciliados.
O plano da eternidade passada é depois executado à maneira de Deus e de acordo com o seu tempo. Cristo vem e torna-se sacrifício para os pecadores. O mérito humano, todas aquelas ações que nos fazem sentir bem com nós mesmos, teve de permanentemente ser posto de lado como base de reconciliação com Deus. Do ponto de vista de Deus, não estamos cheios de bem latente, mas do mal latente. Cristo ensinou que o nosso coração é enganoso, e nossas imperfeições morais não podem ser cobertas ou mudadas por nós ou por rituais religiosos.
Não pretendo implicar que sempre fazemos coisas ruins, nem somos inerentemente maus. Durante uma nevasca particularmente severa em Chicago, a mídia esmerou-se em mostrar que os vizinhos ajudam uns aos outros e, às vezes, pessoas ajudam estranhos a sobreviver. Alguns indivíduos [nesse sentido] são melhores ou piores que outros, mas atos de generosidade e compaixão são encontrados em diferentes graus entre todas as religiões do mundo. O que o cristianismo afirma é que nenhuma dessas obras é capaz de mudar a mente de Deus acerca de nós e nosso pecado.
Mesmo nossas boas ações estão contaminadas; nossos motivos nunca são puros. Não há nada que possamos fazer que Deus aceite. Da mesma maneira que se pode juntar um milhão de bananas e com isso nunca conseguir uma laranja, assim toda bondade humana somada nunca mudará a mente de Deus no que respeita a, sequer, um único pecado. Ele não aceita a justiça humana; só aceita sua própria justiça.
A torre da Sear's é o arranha-céu mais alto de Chicago. Os moradores podem ter facilidade em falar com orgulho sobre a altura do edifício em relação aos outros. Mas se a conversa se voltasse para qual dos edifícios está mais perto da estrela mais distante, a torre da Sear's ainda seria a primeira, embora a diferença em termos de proximidade seria desprezível. Nós, como edifícios, somos tão altos quanto nosso padrão de medida.
Gostamos de pensar que somos melhores que os outros, mas quando nos comparamos com Deus, há pequena diferença entre nós. Podemos soltar um suspiro de alívio quando percebemos que muitas pessoas são piores do que nós; mas tais julgamentos são enganosos. Somos como o menino que disse que tinha um metro e oitenta e dois de altura, e tinha mesmo, de acordo como o metro que ele havia feito! Esquecemo-nos de que a santidade de Deus é tão radicalmente diferente que nenhuma bondade humana pode se aproximar dela. "Porque não há diferença. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Rm 3.22b,23). O padrão de Deus é a sua glória.
Não temos nada em comum com a santidade de Deus. Agostinho disse: "Aquele que entende a santidade de Deus desespera-se ao tentar satisfazê-lo". O espaço moral entre nós e Deus é infinito. Como Douglas Groothuis: "O amor de Jesus não pode ser reduzido ao desejo de ver deidades ignorantes descobrindo a identidade delas e, assim, tomarem parte em sua cristandade [...] Onde a Nova Era vê um deus dormente, Jesus encontra uma tempestade de transgressões".
Em capítulo anterior [do livro], mostrei que se alguém está se afogando, precisa de um salva-vidas qualificado para o ajudar. De fato, isto ameniza o problema. Não estamos apenas nos afogando; estamos (falando espiritualmente) já mortos em delitos e pecados. Não precisamos somente de uma corda, precisamos de alguém que nos tire da água e nos dê vida. As outras religiões pegam pessoas boas e tentam melhorá-las, mas só Cristo pega pessoas mortas e as ressuscita.
Não estou dizendo que podemos contribuir um pouco para a nossa salvação; não podemos contribuir com nada. Se Deus não salvasse nunca nos salvaríamos; se Ele não nos reconciliasse consigo, nunca seríamos reconciliados.
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Só Deus Completa a Salvação
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Como Deus pode associar-se com pecadores e ainda assim manter sua honra? Há alguns anos, um grupo de ateus publicou um panfleto no qual pretendiam escarnecer a Deus. A intenção era demonstrar que se somos conhecidos por nossos amigos, a reputação de Deus está em dúvida. Eles destacaram que Abraão mentiu acerca de sua esposa para salvar a própria pele e, não obstante, foi chamado "amigo de Deus". Jacó era mentiroso e enganador, contudo foi chamado de "príncipe com Deus". Davi era adúltero e assassino, mas foi chamado de: "homem segundo o coração de Deus". Os ateus perguntaram: Que tipo de Deus se associaria com estes homens e os chamaria de seus amigos?
Em sua maneira desarrazoada, estes incrédulos tiveram um ponto válido. Se tivéssemos de julgar alguém por seus amigos, a reputação de Deus estaria manchada. Assim, qualquer coisa que Deus tivesse feito para reconciliar os pecadores teria de vindicar a sua honra. Sua reputação teria de ser preservada e o escândalo retirado do seu nome.
Paulo escreveu que Deus revelou Cristo publicamente "para propiciação pela fé no seu sangue, [...] para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus" (Romanos 3.25,26). Deus permaneceu justo e, ao mesmo tempo, tornou-se justificador daqueles que crêem.
A santidade de Deus não podia ser manchada ou comprometida para alcançar o resultado desejado por Ele. Deus não podia abaixar seus padrões por causa do amor; Ele não podia escolher ser reconciliado com aqueles que ainda eram considerados pecadores. Nem podia fingir que o pecado não existe. Quem satisfaria suas exigências? Quem satisfaria sua justiça? Quem satisfaria sua afronta contra o pecado? Só Deus poderia satisfazer suas próprias exigências.
Deus Pai exige a perfeição que não temos, mas Deus Filho veio morrer na cruz para prover essa justiça. Ele viveu uma vida de obediência perfeita e fez um sacrifício perfeito, que o Pai aceitou em nosso favor. Nenhum ato humano está envolvido; nenhum mérito pode ser acrescentado à perfeição da obra de Cristo.
Alguém pode morrer por outra pessoa no campo de batalha. Uma pessoa pode morrer até por muitos, na hipótese de um prisioneiro político que é executado como resgate por seus compatriotas, mas é inconcebível que alguém morra por gerações que não nasceram. Quando a Bíblia diz que Cristo é a "propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo" (1 João 2.2), refere-se ao sacrifício feito que nos reconcilia com Deus. Ele morreu de maneira que não precisamos sofrer o destino final que nossos pecados merecem.
Ainda que Cristo não tivesse cometido um único pecado, numa cruz fora de Jerusalém Ele tornou-se culpado de toda a perversidade que vemos em nosso planeta. Tornou-se legalmente culpado de estupro, abuso de crianças e mentira - culpado de todos os pecados Ele diante de Deus. Não admira que a luz do sol escurecesse e as trevas caíssem sobre toda a terra! O criminoso mais terrível estava morrendo na cruz. O Compositor da canção nos lembra:
O Sol em trevas se escondeuE em si guardou sua glóriaQuando Cristo, o Criador poderoso, morreuPelos pecados da criatura homem.
Fora do alcance da observação humana, Deus estava no centro do palco. Como um prisma, a cruz reflete a beleza de Deus. Aqui, aos olhos de todos, Deus estava redimindo os pecadores, enquanto permanecia perfeitamente sem pecado. Deus nos tirou da sarjeta sem se sujar. Considerando que ofendemos um ser infinito, um sacrifício infinito teve de ser constituído por nós. Só Deus poderia fazer isso. Como disse Pascal: "A encarnação mostra ao homem a grandeza de sua miséria pela grandeza do remédio necessário".
Agora, se alguém acusa Deus de associar-se com pecadores, a resposta é que pecadores que crêem foram declarados tão justos quanto Cristo. Deus os vê legalmente por meio das perfeições de Cristo. Estes seres caídos não devem a Deus nada acerca de justiça, pois Cristo pagou tudo.
Na Califórnia, um cidadão recebeu multa por excesso de velocidade. Depois que o juiz deu a sentença, este deixou o assento dos juízes, colocou-se ao lado do réu e pagou a multa por ele. Não importa o quão elevado seja o padrão de Deus, conquanto que Ele o satisfaça por nós. E até que saibamos o quanto somos maus, nunca saberemos o quão bom Deus é!
Este Deus, o Deus do cristianismo, é diferente dos deuses de outras religiões. Como já ressaltei, Alá, o deus tribal de Maomé, não é uma trindade e, portanto, nunca poderia encarnar-se. Visto que há muitos deuses nas religiões orientais, eles não podem reivindicar exclusividade, nem pode qualquer um deles prometer aos seus seguidores o dom do perdão e a reconciliação pessoal com o Supremo Ser. Nenhuma outra religião reivindica ter um Deus exclusivo e Criador, que se torna homem para redimir a humanidade.
De fato, o budismo poderia sobreviver sem Buda. Quando perguntaram a Buda como gostaria de ser lembrado, ele respondeu que seus seguidores não deveriam se aborrecer com essa questão, visto que somente seus ensinos importavam. Os ensinos do hinduísmo poderiam sobreviver independentemente de quem os originou. Mesmo o islamismo poderia sobreviver se as revelações tivessem vindo por algum outro profeta. Nenhum destes líderes reivindicou pessoalmente ter a capacidade de libertar o coração humano do pecado. Mas o cristianismo não poderia ter sobrevivido sem Cristo, a segunda pessoa da Trindade, e isso não foi realizado por seus ensinos, mas pela morte na cruz. Sua missão era a redenção, e isso não foi realizado por seus ensinos, mas pela morte na cruz. Esvaziar a cruz de seu significado é despojá-la de seu poder.
A idéia de que o próprio Deus sofreria e proveria um sacrifício para reconciliar e perdoar o gênero humano é singular para o cristianismo. Nenhuma outra religião proclama que o melhor dos esforços e ensinos humanos não podem salvar. Uma missão de salvamento teve de ser empreendida, que envolveu tanto um método de perdão quanto o poder criativo de mudar nossa disposição humana básica. Só um Deus pessoal agindo intencionalmente poderia fazer isso.
Como Deus pode associar-se com pecadores e ainda assim manter sua honra? Há alguns anos, um grupo de ateus publicou um panfleto no qual pretendiam escarnecer a Deus. A intenção era demonstrar que se somos conhecidos por nossos amigos, a reputação de Deus está em dúvida. Eles destacaram que Abraão mentiu acerca de sua esposa para salvar a própria pele e, não obstante, foi chamado "amigo de Deus". Jacó era mentiroso e enganador, contudo foi chamado de "príncipe com Deus". Davi era adúltero e assassino, mas foi chamado de: "homem segundo o coração de Deus". Os ateus perguntaram: Que tipo de Deus se associaria com estes homens e os chamaria de seus amigos?
Em sua maneira desarrazoada, estes incrédulos tiveram um ponto válido. Se tivéssemos de julgar alguém por seus amigos, a reputação de Deus estaria manchada. Assim, qualquer coisa que Deus tivesse feito para reconciliar os pecadores teria de vindicar a sua honra. Sua reputação teria de ser preservada e o escândalo retirado do seu nome.
Paulo escreveu que Deus revelou Cristo publicamente "para propiciação pela fé no seu sangue, [...] para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus" (Romanos 3.25,26). Deus permaneceu justo e, ao mesmo tempo, tornou-se justificador daqueles que crêem.
A santidade de Deus não podia ser manchada ou comprometida para alcançar o resultado desejado por Ele. Deus não podia abaixar seus padrões por causa do amor; Ele não podia escolher ser reconciliado com aqueles que ainda eram considerados pecadores. Nem podia fingir que o pecado não existe. Quem satisfaria suas exigências? Quem satisfaria sua justiça? Quem satisfaria sua afronta contra o pecado? Só Deus poderia satisfazer suas próprias exigências.
Deus Pai exige a perfeição que não temos, mas Deus Filho veio morrer na cruz para prover essa justiça. Ele viveu uma vida de obediência perfeita e fez um sacrifício perfeito, que o Pai aceitou em nosso favor. Nenhum ato humano está envolvido; nenhum mérito pode ser acrescentado à perfeição da obra de Cristo.
Alguém pode morrer por outra pessoa no campo de batalha. Uma pessoa pode morrer até por muitos, na hipótese de um prisioneiro político que é executado como resgate por seus compatriotas, mas é inconcebível que alguém morra por gerações que não nasceram. Quando a Bíblia diz que Cristo é a "propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo" (1 João 2.2), refere-se ao sacrifício feito que nos reconcilia com Deus. Ele morreu de maneira que não precisamos sofrer o destino final que nossos pecados merecem.
Ainda que Cristo não tivesse cometido um único pecado, numa cruz fora de Jerusalém Ele tornou-se culpado de toda a perversidade que vemos em nosso planeta. Tornou-se legalmente culpado de estupro, abuso de crianças e mentira - culpado de todos os pecados Ele diante de Deus. Não admira que a luz do sol escurecesse e as trevas caíssem sobre toda a terra! O criminoso mais terrível estava morrendo na cruz. O Compositor da canção nos lembra:
O Sol em trevas se escondeuE em si guardou sua glóriaQuando Cristo, o Criador poderoso, morreuPelos pecados da criatura homem.
Fora do alcance da observação humana, Deus estava no centro do palco. Como um prisma, a cruz reflete a beleza de Deus. Aqui, aos olhos de todos, Deus estava redimindo os pecadores, enquanto permanecia perfeitamente sem pecado. Deus nos tirou da sarjeta sem se sujar. Considerando que ofendemos um ser infinito, um sacrifício infinito teve de ser constituído por nós. Só Deus poderia fazer isso. Como disse Pascal: "A encarnação mostra ao homem a grandeza de sua miséria pela grandeza do remédio necessário".
Agora, se alguém acusa Deus de associar-se com pecadores, a resposta é que pecadores que crêem foram declarados tão justos quanto Cristo. Deus os vê legalmente por meio das perfeições de Cristo. Estes seres caídos não devem a Deus nada acerca de justiça, pois Cristo pagou tudo.
Na Califórnia, um cidadão recebeu multa por excesso de velocidade. Depois que o juiz deu a sentença, este deixou o assento dos juízes, colocou-se ao lado do réu e pagou a multa por ele. Não importa o quão elevado seja o padrão de Deus, conquanto que Ele o satisfaça por nós. E até que saibamos o quanto somos maus, nunca saberemos o quão bom Deus é!
Este Deus, o Deus do cristianismo, é diferente dos deuses de outras religiões. Como já ressaltei, Alá, o deus tribal de Maomé, não é uma trindade e, portanto, nunca poderia encarnar-se. Visto que há muitos deuses nas religiões orientais, eles não podem reivindicar exclusividade, nem pode qualquer um deles prometer aos seus seguidores o dom do perdão e a reconciliação pessoal com o Supremo Ser. Nenhuma outra religião reivindica ter um Deus exclusivo e Criador, que se torna homem para redimir a humanidade.
De fato, o budismo poderia sobreviver sem Buda. Quando perguntaram a Buda como gostaria de ser lembrado, ele respondeu que seus seguidores não deveriam se aborrecer com essa questão, visto que somente seus ensinos importavam. Os ensinos do hinduísmo poderiam sobreviver independentemente de quem os originou. Mesmo o islamismo poderia sobreviver se as revelações tivessem vindo por algum outro profeta. Nenhum destes líderes reivindicou pessoalmente ter a capacidade de libertar o coração humano do pecado. Mas o cristianismo não poderia ter sobrevivido sem Cristo, a segunda pessoa da Trindade, e isso não foi realizado por seus ensinos, mas pela morte na cruz. Sua missão era a redenção, e isso não foi realizado por seus ensinos, mas pela morte na cruz. Esvaziar a cruz de seu significado é despojá-la de seu poder.
A idéia de que o próprio Deus sofreria e proveria um sacrifício para reconciliar e perdoar o gênero humano é singular para o cristianismo. Nenhuma outra religião proclama que o melhor dos esforços e ensinos humanos não podem salvar. Uma missão de salvamento teve de ser empreendida, que envolveu tanto um método de perdão quanto o poder criativo de mudar nossa disposição humana básica. Só um Deus pessoal agindo intencionalmente poderia fazer isso.
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Só Deus Pode Oferecer a Salvação como um Presente
Só Deus Pode Oferecer a Salvação como um Presente
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Se até aqui você seguiu o argumento, concordará que a lógica exige que a salvação deve ser oferecida como um presente ao gênero humano caído. Um presente só pode ser recusado ou aceito; não pode ser merecido. Este presente não é dado indiscriminadamente, mas somente àqueles que crêem. Quer dizer, é dado àqueles que perdem a esperança de se salvar a si mesmos, àqueles que dependem só de Cristo.
"Pela graça sois salvos por meio da fé; e isso não vem de vós, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie" (Ef 2.8-9). Se perguntassem a razão de Deus requerer fé, responderíamos que é porque Ele aprecia ser crido. A fé é em si mesma não é um ato meritório; o mérito está naquEle a quem a fé é dirigida. É um presente dado a quem Deus mostraria sua misericórdia. A fé não tem a intenção de ganhar o favor de Deus, mas depende somente do favor imerecido de Deus.
Já encontrei pessoas que pensam ter pecado tanto ou por tanto tempo que não podem mais ser reconciliadas com Deus. O que elas precisam entender é que este presente está disponível a qualquer pessoa, pouco importando o quão grande seja o pecado. É muito melhor ser um bom cidadão do que um criminoso, mas se um indivíduo generoso desejasse dar o mesmo presente para ambos, trata-se de prerrogativa dele. Considerando que nenhum dos dois o merecem, a extensão dos seus pecados e fracassos pessoais é, deste ponto de vista, irrelevante.
Da mesma forma que o solo mais seco está precisando de chuva, assim aqueles que são grandes pecadores são os primeiros a perceber que têm uma necessidade que só Deus pode satisfazer. E assim como a terra não faz nenhuma contribuição quando a chuva cai, mas beneficia-se do presente recebido, assim nos beneficiamos da justiça que não merecemos. Lembre-se das palavras de Cristo: "Eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento" (Mateus 9.13).
Deus faz tudo no que tange ao dar, e nós fazemos tudo no que tange ao receber. Nossa contribuição é admitir nossos pecados e nossas desesperanças. A contribuição de Deus é nos dar a justiça de Cristo e nos tornar membros da família de Deus para sempre.
Cristo ensinou que são poucos os que aceitam este presente em comparação com os que deliberadamente o rejeitam ou ignoram a oferta. Admitir que só Cristo pode nos salvar é difícil. Quanto recebemos este presente, revisamos nossa avaliação de nós mesmos de época anterior. Isso torna o presente difícil de aceitar.
Se até aqui você seguiu o argumento, concordará que a lógica exige que a salvação deve ser oferecida como um presente ao gênero humano caído. Um presente só pode ser recusado ou aceito; não pode ser merecido. Este presente não é dado indiscriminadamente, mas somente àqueles que crêem. Quer dizer, é dado àqueles que perdem a esperança de se salvar a si mesmos, àqueles que dependem só de Cristo.
"Pela graça sois salvos por meio da fé; e isso não vem de vós, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie" (Ef 2.8-9). Se perguntassem a razão de Deus requerer fé, responderíamos que é porque Ele aprecia ser crido. A fé é em si mesma não é um ato meritório; o mérito está naquEle a quem a fé é dirigida. É um presente dado a quem Deus mostraria sua misericórdia. A fé não tem a intenção de ganhar o favor de Deus, mas depende somente do favor imerecido de Deus.
Já encontrei pessoas que pensam ter pecado tanto ou por tanto tempo que não podem mais ser reconciliadas com Deus. O que elas precisam entender é que este presente está disponível a qualquer pessoa, pouco importando o quão grande seja o pecado. É muito melhor ser um bom cidadão do que um criminoso, mas se um indivíduo generoso desejasse dar o mesmo presente para ambos, trata-se de prerrogativa dele. Considerando que nenhum dos dois o merecem, a extensão dos seus pecados e fracassos pessoais é, deste ponto de vista, irrelevante.
Da mesma forma que o solo mais seco está precisando de chuva, assim aqueles que são grandes pecadores são os primeiros a perceber que têm uma necessidade que só Deus pode satisfazer. E assim como a terra não faz nenhuma contribuição quando a chuva cai, mas beneficia-se do presente recebido, assim nos beneficiamos da justiça que não merecemos. Lembre-se das palavras de Cristo: "Eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento" (Mateus 9.13).
Deus faz tudo no que tange ao dar, e nós fazemos tudo no que tange ao receber. Nossa contribuição é admitir nossos pecados e nossas desesperanças. A contribuição de Deus é nos dar a justiça de Cristo e nos tornar membros da família de Deus para sempre.
Cristo ensinou que são poucos os que aceitam este presente em comparação com os que deliberadamente o rejeitam ou ignoram a oferta. Admitir que só Cristo pode nos salvar é difícil. Quanto recebemos este presente, revisamos nossa avaliação de nós mesmos de época anterior. Isso torna o presente difícil de aceitar.
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Só Deus Garante a Salvação
Só Deus Garante a Salvação
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Depois que o presente é recebido, pode ser devolvido? Alguns pensam que podemos perder a salvação por apostasia ou rebelião. Mas quando Deus constrói uma ponte sobre aquela brecha infinita e torna um membro caído do gênero humano seu filho, o processo não pode ser desfeito. Muito está em jogo para Deus perder um filho que agora lhe pertence. Assim como não rejeito meus filhos quando eles me desobedecem, assim Deus está comprometido conosco agora e na eternidade. Fomos selados com o Espírito Santo de Deus para o Dia da redenção (Efésios 4.30).
Para dizer em outras palavras: o que você pensaria de um pastor que pela manhã recebesse cem ovelhas e à noite voltasse com noventa e duas? Ele seria ridicularizado por descuido, incapacidade e fracasso em desempenhar suas responsabilidades básicas. É comum as ovelhas se extraviarem, e outras seguirem falsos caminhos feitos por ladrões que procuram atraí-las para fora do rebanho. Mas o pastor competente sabe destas coisas. Ele mantém um olho atento em cada ovelha; e quando ela vagueia, ele a traz de volta custe o que custar.
Cristo nos assegurou que Ele é um pastor competente: "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém arrebatará das minhas mãos. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai." (João 10.27-29). Em outro lugar, [também] ensinou: "E a vontade do Pai, que me enviou, é esta: que nenhum de todos aqueles que ele me deu se perca, mas que eu o ressuscite no último dia" (João 6.39).
Este presente, uma vez dado, é nosso para sempre.
Depois que o presente é recebido, pode ser devolvido? Alguns pensam que podemos perder a salvação por apostasia ou rebelião. Mas quando Deus constrói uma ponte sobre aquela brecha infinita e torna um membro caído do gênero humano seu filho, o processo não pode ser desfeito. Muito está em jogo para Deus perder um filho que agora lhe pertence. Assim como não rejeito meus filhos quando eles me desobedecem, assim Deus está comprometido conosco agora e na eternidade. Fomos selados com o Espírito Santo de Deus para o Dia da redenção (Efésios 4.30).
Para dizer em outras palavras: o que você pensaria de um pastor que pela manhã recebesse cem ovelhas e à noite voltasse com noventa e duas? Ele seria ridicularizado por descuido, incapacidade e fracasso em desempenhar suas responsabilidades básicas. É comum as ovelhas se extraviarem, e outras seguirem falsos caminhos feitos por ladrões que procuram atraí-las para fora do rebanho. Mas o pastor competente sabe destas coisas. Ele mantém um olho atento em cada ovelha; e quando ela vagueia, ele a traz de volta custe o que custar.
Cristo nos assegurou que Ele é um pastor competente: "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém arrebatará das minhas mãos. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai." (João 10.27-29). Em outro lugar, [também] ensinou: "E a vontade do Pai, que me enviou, é esta: que nenhum de todos aqueles que ele me deu se perca, mas que eu o ressuscite no último dia" (João 6.39).
Este presente, uma vez dado, é nosso para sempre.
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Só Deus nos Dá a Certeza da Salvação
Só Deus nos Dá a Certeza da Salvação
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Na pintura que Michelângelo fez do juízo final, as expressões nos rostos daqueles que estavam prestes a ser julgados refletem a incerteza e medo. Ninguém no afresco, exceto a virgem Maria, sabe de seu destino final. Talvez isto não descreva a própria apreensão de Miguel Ângelo sobre a morte ou a convicção prevalecente de que ninguém nesta vida pode ter certeza de que será alegremente recebido por Deus na bem-aventurança divina.
É possível saber se fomos absolvidos por Deus, de forma que uma eternidade de bênçãos nos aguarda? Todas as religiões não-cristãs (e mesmo aqueles ramos da cristandade que fazem das obras parte da salvação) insistem que a resposta é não. A razão é óbvia: uma vez que o mérito humano contribua para o processo de salvação, nenhum de nós pode saber se fizemos o bastante para ganhar nosso lugar.
Algumas pessoas afirmam que são culpados de presunção os que têm certeza de ir para o céu quando morrerem. Claro que têm razão, dada a premissa de que a salvação é um esforço cooperativo entre nós e Deus. Mesmo que 95 por cento do processo de salvação fosse feito por Deus e 5 por cento dependessem de mim, a certeza estaria fora de alcance. Nunca estaríamos seguros de que fizemos nossa parte no trato.
O cristianismo do Novo Testamento afirma que podemos ter a certeza pessoal, porque todas as nossas exigências são satisfeitas por Cristo que tem credenciais impecáveis. Quando Agostinho percebeu que os padrões de Deus eram muito altos para serem alcançados, clamou: "Ó, Deus, exige o que quiseres, mas proveja o que exigires!". Ele entendeu que não temos de temer o alto padrão de Deus, contanto que Ele o satisfaça por nós. Essa é precisamente a Boa-Nova do Evangelho.
Sim, podemos ter certeza de nossa relação com Deus. Como mencionado acima, Cristo disse que suas ovelhas ouviriam a sua voz; há um título de propriedade formado com base em dados objetivos e subjetivos. O apóstolo João registrou: "Estas coisas vos escrevi para que saibais que tendes a vida eterna, vós os que credes no nome do Filho de Deus" (1 João 5.13). É certo que Deus, que nos deu uma revelação detalhada, não nos deixaria em dúvida acerca da pergunta mais importante que possivelmente iríamos ponderar. Estamos falando sobre perdição ou glória, inferno ou céu.
Três testemunhas nos ajudam a saber onde estamos. A primeira refere-se às promessas de Cristo. Ele disse que os que crêem nEle têm a vida eterna (João 3.36; João 5.24). Crer significa "confiar" ou "depender". Tal fé é uma confissão de nossa própria incapacidade, com uma decisão consciente de confiar em Cristo, o Redentor.
A fé salvadora pode duvidar ás vezes, mas continua olhando para Cristo, confiante de que Ele fará exatamente o que prometeu. A fé inicial, com a qual a pessoa crê, cresce na vida daquele que foi feito membro da família de Deus. Também não devemos confiar nem em nossas obras, nem no batismo, nem nos outros sacramentos. A quantidade de fé não é tão importante quanto o objeto da fé, ou seja, Cristo e sua obra perfeita na cruz.
A segunda testemunha é o Espírito. "O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus" (Romanos 8.16). O Espírito Santo não só nos regenera quando nos voltamos para Cristo pela fé, mas Ele passa a habitar em nós. Um sentimento pessoal da presença do Espírito é o dom de Deus aos que são membros de sua família. Uma certeza interior surge no coração do homem.
Em terceiro lugar, há o fruto de uma nova vida, as obras resultantes do novo nascimento, um milagre feito por Deus no coração humano. Duas mudanças mais evidentes são um amor por Cristo e sua Palavra, e uma nova perspectiva sobre o pecado. Agora vemos o pecado pela impureza que ele realmente é, e a necessidade de manter comunhão com o nosso Pai celeste torna-se prioridade. Deus muda nossa disposição interior, de modo que temos um novo apetite espiritual com um desejo de conhecer o Deus que nos salvou.
Na pintura que Michelângelo fez do juízo final, as expressões nos rostos daqueles que estavam prestes a ser julgados refletem a incerteza e medo. Ninguém no afresco, exceto a virgem Maria, sabe de seu destino final. Talvez isto não descreva a própria apreensão de Miguel Ângelo sobre a morte ou a convicção prevalecente de que ninguém nesta vida pode ter certeza de que será alegremente recebido por Deus na bem-aventurança divina.
É possível saber se fomos absolvidos por Deus, de forma que uma eternidade de bênçãos nos aguarda? Todas as religiões não-cristãs (e mesmo aqueles ramos da cristandade que fazem das obras parte da salvação) insistem que a resposta é não. A razão é óbvia: uma vez que o mérito humano contribua para o processo de salvação, nenhum de nós pode saber se fizemos o bastante para ganhar nosso lugar.
Algumas pessoas afirmam que são culpados de presunção os que têm certeza de ir para o céu quando morrerem. Claro que têm razão, dada a premissa de que a salvação é um esforço cooperativo entre nós e Deus. Mesmo que 95 por cento do processo de salvação fosse feito por Deus e 5 por cento dependessem de mim, a certeza estaria fora de alcance. Nunca estaríamos seguros de que fizemos nossa parte no trato.
O cristianismo do Novo Testamento afirma que podemos ter a certeza pessoal, porque todas as nossas exigências são satisfeitas por Cristo que tem credenciais impecáveis. Quando Agostinho percebeu que os padrões de Deus eram muito altos para serem alcançados, clamou: "Ó, Deus, exige o que quiseres, mas proveja o que exigires!". Ele entendeu que não temos de temer o alto padrão de Deus, contanto que Ele o satisfaça por nós. Essa é precisamente a Boa-Nova do Evangelho.
Sim, podemos ter certeza de nossa relação com Deus. Como mencionado acima, Cristo disse que suas ovelhas ouviriam a sua voz; há um título de propriedade formado com base em dados objetivos e subjetivos. O apóstolo João registrou: "Estas coisas vos escrevi para que saibais que tendes a vida eterna, vós os que credes no nome do Filho de Deus" (1 João 5.13). É certo que Deus, que nos deu uma revelação detalhada, não nos deixaria em dúvida acerca da pergunta mais importante que possivelmente iríamos ponderar. Estamos falando sobre perdição ou glória, inferno ou céu.
Três testemunhas nos ajudam a saber onde estamos. A primeira refere-se às promessas de Cristo. Ele disse que os que crêem nEle têm a vida eterna (João 3.36; João 5.24). Crer significa "confiar" ou "depender". Tal fé é uma confissão de nossa própria incapacidade, com uma decisão consciente de confiar em Cristo, o Redentor.
A fé salvadora pode duvidar ás vezes, mas continua olhando para Cristo, confiante de que Ele fará exatamente o que prometeu. A fé inicial, com a qual a pessoa crê, cresce na vida daquele que foi feito membro da família de Deus. Também não devemos confiar nem em nossas obras, nem no batismo, nem nos outros sacramentos. A quantidade de fé não é tão importante quanto o objeto da fé, ou seja, Cristo e sua obra perfeita na cruz.
A segunda testemunha é o Espírito. "O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus" (Romanos 8.16). O Espírito Santo não só nos regenera quando nos voltamos para Cristo pela fé, mas Ele passa a habitar em nós. Um sentimento pessoal da presença do Espírito é o dom de Deus aos que são membros de sua família. Uma certeza interior surge no coração do homem.
Em terceiro lugar, há o fruto de uma nova vida, as obras resultantes do novo nascimento, um milagre feito por Deus no coração humano. Duas mudanças mais evidentes são um amor por Cristo e sua Palavra, e uma nova perspectiva sobre o pecado. Agora vemos o pecado pela impureza que ele realmente é, e a necessidade de manter comunhão com o nosso Pai celeste torna-se prioridade. Deus muda nossa disposição interior, de modo que temos um novo apetite espiritual com um desejo de conhecer o Deus que nos salvou.
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Só Deus nos Dá um Futuro com Ele
Só Deus nos Dá um Futuro com Ele
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O cristianismo não ensina a reencarnação, mas a ressurreição (1ª Corínitos 15). Este ponto particular para o corpo humano contradiz a reivindicação gnóstica de que a matéria é má. E contradiz a reivindicação oriental de que perdemos nossa individualidade mediante um ciclo de renascimentos. Nossos corpos desintegrados serão reconstituídos de forma que teremos um corpo eterno. Cada alma (a mente com suas lembranças e afeições) será reunida ao seu corpo, de forma que será uma pessoa inteira, em comunhão pessoal com outras pessoas e com Deus para sempre.
A eternidade não é vaga nem irreal, mas individual, consciente e eterna. Apesar de recebermos novos corpos indestrutíveis e uma natureza nova, por toda eternidade seremos a pessoa que somos hoje.
Agora podemos entender por que o cristianismo é único, impossível de ser combinado com outros deuses, profetas ou teorias de salvação. A força do Evangelho está em sua pureza; sempre que acrescentamos, subtraímos; quando misturamos, diluímos.
*O cristianismo não ensina a reencarnação, mas a ressurreição (1ª Corínitos 15). Este ponto particular para o corpo humano contradiz a reivindicação gnóstica de que a matéria é má. E contradiz a reivindicação oriental de que perdemos nossa individualidade mediante um ciclo de renascimentos. Nossos corpos desintegrados serão reconstituídos de forma que teremos um corpo eterno. Cada alma (a mente com suas lembranças e afeições) será reunida ao seu corpo, de forma que será uma pessoa inteira, em comunhão pessoal com outras pessoas e com Deus para sempre.
A eternidade não é vaga nem irreal, mas individual, consciente e eterna. Apesar de recebermos novos corpos indestrutíveis e uma natureza nova, por toda eternidade seremos a pessoa que somos hoje.
Agora podemos entender por que o cristianismo é único, impossível de ser combinado com outros deuses, profetas ou teorias de salvação. A força do Evangelho está em sua pureza; sempre que acrescentamos, subtraímos; quando misturamos, diluímos.
E E. Lutzer
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